Patmos

A ilha grega de Patmos pertence ao grupo do Dodecaneso. Disperso ao longo da costa da Turquia, o Dodecaneso é o grupo mais meridional das ilhas gregas. É também o arquipélago mais cosmopolita, com influencias orientais visíveis na arquitectura; foram as últimas ilhas a ser integradas na Grécia moderna. Conhecida como a "Jerusalém do Egeu", Patmos tenta afirmar-se como um centro de peregrinação e de turismo. O porto de Skála é simultaneamente a cidade principal da ilha, que se estende em volta de uma baía. Desde Skála, é fácil aceder à Santa Gruta do Apocalipse e ao Mosteiro de São João, situado no cume do monte e coroando a Chora.

21 de Julho de 2009, depois de uma curta estadia em solo Turco, desembarcamos em Patmos ao meio da tarde. Para mim Patmos era o ponto de paragem menos conhecido, e talvez por isso aquele que me levantava menores expectativas; afinal Patmos revela-se a mais bela surpresa deste cruzeiro pelas ilhas Gregas, pura beleza nas paisagens muito diferentes do arquipélago das Cíclades. Começamos a nossa visita a pé em Skála, passeamos junto ao cais e avistamos uma igreja pequena, muito linda, que se destaca numa encosta por cima do mar. Subimos até là e começamos a ter a percepção da incrível beleza da ilha. No regresso vimos imensas pessoas se deslocando de scooter, e achamos um meio de transporte prático e barato para dar uma volta pela ilha, tendo em conta que o nosso tempo é limitado. Não hesitamos e negociamos um aluguer por 2 horas, muito bem aproveitadas! Agora motorizados, subimos o caminho pavimentado rumo ao Mosteiro de São João.

O Mosteiro de São João, do século XI, é um dos mais importantes monumentos religiosos tanto para Ortodoxos como para Cristãos. É também um dos mosteiros mais ricos e influentes da Grécia; as suas torres e contrafortes devem-se à necessidade de protecção do tesouro religioso abrigado no Museu do Mosteiro. O Mosteiro é um espanto e merece uma visita demorada: a capela da Santa Cruz, o Pátio principal e os Pátios interiores abrigam ricos ícones e frescos, pintados nos tectos e nas paredes. Infelizmente é proibido fotografar no interior da igreja, pelo que nos contentamos com a impressionante vista sobre Skála e sobre o mar, simplesmente de cortar a respiração!

No regresso, paramos a meia encosta e aproveitamos para visitar a Santa Gruta do Apocalipse, onde São João teve a visão de fogo e enxofre e ditou o Livro do Apocalipse ao seu discípulo. Dentro da gruta, transformada em pequeno santuário e relicário, os visitantes podem ver a rocha onde foi escrito o Apocalipse e as fendas por onde, diz-se, São João ouviu a voz de Deus. Não sou lá muito religiosa nem praticante, mas devo dizer que me senti muito bem dentro dessa gruta, rodeada de livros e de frescos alusivos ao tema. Num minúsculo recanto da gruta existe uma pequena caixa de madeira, pedaços de papel e um lápis: quem quiser pode escrever um recado, um sentimento ou um desejo e colocar na caixinha. Não resisti e também coloquei o meu bilhete na gruta do Apocalipse, acendi uma vela, e vim embora com um sentimento de paz!

A Baía de Skála

Terminada a visita, e aproveitando o tempo que ainda nos sobra, resolvemos percorrer a estrada à beira mar até às próximas praias. A ilha é uma jóia da arquitectura bizantina, adorámos visitar Patmos e regressamos ao cais de embarque com a máquina fotográfica repleta de belos clichés cheios de sol e de mar...

Próximo destino: Rhodes, a Ilha dos Cavaleiros Grão-Mestres!

Flores

Vistas sobre a Ilha desde o Mosteiro de S. João

Pequena Igreja na encosta

Taberna à beira mar

Pormenor de casario

Flora em Patmos

Paisagem de Patmos

Pátios do Mosteiro de S. João

Taberna

Homem Religioso junto à Gruta do Apocalipse

Percorrendo a costa de Patmos